quarta-feira, 4 de maio de 2011

Primeiro objectivo não concretizado

No passado fim-de-semana resolvemos partir à nossa maneira: sem preparação e com uma ligeira ideia para onde pretendíamos ir...
O objectivo era mesmo chegar até à cascata de Hungueira. Sem farnel e sem uma clara noção de onde essa coisa se situava, lá fomos.E, fomos até onde o nosso estômago nos deixou andar. Chegada a hora dos alarmes gástricos não tivemos outra opção que recorrer ao que estava mais à mão.
Para começar e para enganar a fome nada como cana-de-açúcar. Para isso, nada como estar atento aos miúdos que vamos vendo na estrada, que estão sempre disponíveis para partilhar parte da que têm. Agradecidos, deixamos sempre algo em troca. Há tempos foram uns chocolates, desta vez 50 kuanzas.


Seguidamente, a visita a uma praça em busca de fruta. Foi a sensação da manhã, no mercado perdido nos confins do Município de Chibia: quatro "pulas" entrando pelo aglomerado de barracos, feitos de caules e ramos de arbustos. Após umas fotos artísticas e da compra de dois montes de goiabas (únicas frutas disponíveis) por 20 Kuanzas (0,14 €), toca a seguir viagem.



Por momentos, senti-me na pele de um qualquer enviado da National Geographic Society...

Primeira paragem, barragem das Gandejelas. Mais uma obra portuguesa, nos confins das terras africanas. E, foram as barragens em África que ajudaram na criação da boa imagem internacional que, ainda hoje, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) detém ao nível da arte.





Pelo meio, não se perde a oportunidade de registar as paisagens únicas que vamos encontrando.







Foi uma picada particularmente difícil. A pior que até agora nos foi possível experimentar. Até ao ponto de tomarmos a decisão de abortar a viagem e regressar à base antes do pôr-do-sol. Até porque, desta feita, seguimos num único carro, totalmente desaconselhável nestas aventuras. Ficámos a saber depois que tínhamos ficado a menos de 1 km da cascata de Hungeira. Pena, vamos ter de lá voltar outra vez. Desta feita mais bem preparados.





No meio disto, o costume: casas de colonos, de certo colocadas de helicóptero nos locais mais recônditos e (maravilha) uma escola, ainda com as quinas lusitanas e o mastro onde em tempos esvoaçou a bandeira portuguesa.


Como acabou a viagem?
Em Chibia, a dar cabo de uns pregos, duns pica-paus e dumas N'golas, que a fome era muita!.. e a mirar coisas diferentes das que tínhamos visto na picada. :P





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